Instintos
Dueto Poético- Mirella Lima e VдฝקּYЯΘ☥
Dueto Poético- Mirella Lima e VдฝקּYЯΘ☥
Ela:
Meus instintos insensatos te buscam em pensamentos
Minha alma clama em saudades
Sinto-me deliciosamente atormentada
Vagando em versos e prosas em busca de ti
Sombria ilusão da noite
Ele:
Enfeitiço-me,nas amarras das noites enluaradas
Exorcismos de magias pardas, crepusculadas pela maresia em tons suaves da lua cheia.
O sol já me excomungou e a madrugada escorrega como vinho lento pela minha garganta aberta.
Declamo palavras apaixonadas, lembranças de um pensamento que é maré e luz de fogo-fátuo renascido nas cinzas da pira encantada onde deposito meus sonhos.
Já te silenciaste, o vento contigo.
Ela:
Ela:
Magia dos seres noturnos que vagueiam em busca de amor
Com meu coração crescente em desejos te espero
Mago dos meus sonhos, poeta das ilusões
Respiro teu romantismo a espera de palavras ávidas de sentimentos.
Toco em teus labios desejosos dos meus
Meu corpo te aguarda com impaciencia.
Ele:
Ele:
Um veludo de toque intenso,
seda mais pura em névoas de madrugadas,
Desejos de sonhos, sufocados no infinito da alma,
fogos que ardem, invisíveis ao olhar,
sorrisos de fogo,em lábios teus,na mais pura calma.
Ela:
Sente em silêncio, não tenha medo!
Seja a luz que ilumina com maestria
Como se fosse a vela que me incendeia
Que se reacende a cada toque teu.
Nos corpos lânguidos de poesia
Ele:
Perco-me no crepúsculo ondulante,
traço linhas confusas no compasso da pele,
afundo-me na procura incessante
dos ecos e da saudade ,
na sublime insanidade oculta por detrás do toque,
sem fronteiras ou maldade.
Ela:
Abafe meus gemidos, revelando-se a mim
Em metamorfoses que calam os sentidos
Vem com o mesmo despudor,com que se apropria de mim
Como sopro divino, tentador e sedutor
Numa dança descompassada,
Ele:
Do qual se bebe a seiva do amor
Ele:
Remo agora, contra a corrente do corpo,
um desejo que esvoaça, estilhaçado, já dominado.
E ao anoitecer madrugado nos lírios selvagens,
Saúdo a manhã gloriosa
Em eternos sorrisos,que raptam a minha alma.
Colho orvalhos para saciar a fome de amor,
Doces são os frutos das manhãs,
e a amarga a solidão das noites sem teu calor.